
TCC
Material::
Área:
Título:
Descrição física:
TCC
História
O demonáaco perigo vermelho: o discurso eclesiástico e o anticomunismo no contexto do Pré-golpe Militar de 1964
np.
Número de chamada:
TCC/Unipinhal
Idioma:
Português
Publicação:
Espírito Santo do Pinhal, SP; [s. n.], 2024.
Ano:
2024
Assunto:
Autores:
Orientador:
Demonização ; Anticomunismo ; Golpe Militar ; Guerra fria ; Conservadorismo.
Santos, Eduardo Carvalho dos
Valéria Aparecida Rocha Torres.
Resumo:
Este trabalho examina a influência da Igreja católica na política brasileira nos anos iniciais de 1960, destacando sua contribuição para a demonização do comunismo e sua relação com o golpe militar de 1964. No contexto da Guerra Fria e da polarização ideológica global, marcada pela luta pela hegemonia entre o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos, e o comunismo, sob a influência da União Soviética, a Igreja católica, com figuras como o arcebispo Dom Gerald Proença Sigaud, teve imensa influencia nesta luta de ideais no Brasil, sendo importante na propagação do anticomunismo. Esse posicionamento se alinha com a estratégia global do catolicismo de combater o avanço do comunismo, percebido não apenas como uma ameaça política, mas também como uma força destruidora dos valores tradicionais da civilização ocidental e cristã. Através de discursos e publicações como O Catecismo Anticomunista (1963), a Igreja contribuiu para a construção de uma imagem do comunismo como um "inimigo demoníaco", alinhando-se aos interesses da hegemonia capitalista. Esse discurso foi fundamental para mobilizar a opinião pública em apoio ao golpe militar, reforçando a ideia de que a repressão política era necessária para preservar a moral cristã e a ordem no país. A aliança entre a ala tradicionalista da Igreja católica e os setores conservadores ajudou a legitimar a violência e a repressão durante a ditadura, ao mesmo tempo que consolidava a ideologia anticomunista como justificativa para a intervenção militar. Este estudo revela como a demonização do comunismo, no contexto da Guerra Fria, desempenhou um papel crucial na criação de um ambiente de pânico moral, que facilitou o apoio ao regime militar e moldou a resposta da sociedade à repressão política, com repercussões na política contemporânea do Brasil