TCC

Indivíduos que necessitam de cuidados em unidades de terapia intensiva (UTIs) frequentemente desenvolvem complicações, entre elas, a neuropatia periférica (NP) do tipo fibular que resulta na “queda do pé” e significativa alteração da funcionalidade. Nos últimos anos, principalmente no período pós COVID a incidência NP aumentou. O objetivo deste projeto foi levantar a prevalência da NP de pacientes encaminhados para reabilitação na Clínica Escola de Fisioterapia, caracterizar os casos, descrever a neuropatia periférica e analisar condutas multidisciplinares preventivas e assertivas. Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo retrospectivo do banco de dados na Clínica Escola de Fisioterapia no Estágio de Reabilitação Cardiopulmonar no período de 2020-2023 e uma revisão narrativa. Os resultados mostram que dos 151 pacientes analisados, 12 atenderam o critério pós cuidados intensivos, 8 (67%) eram portadores de NP e o maior acometimento foi nas mulheres e síndromes pós COVID-19, ambos 63%. As soluções preventivas de NP são: a prescrição, tempo de uso e dosagem criteriosa de medicamentos neurotóxicos e dieta, técnicas eficientes de mobilização precoce, mudanças de decúbito padronizada com rotatividade das posições e o posicionamento funcional impecável. Concluímos a evidência de uma abordagem interdisciplinar no cuidado intensivo, visando integrar estratégias sistematizadas envolvendo os fatores que predispõe seu desenvolvimento, a criação e a implantação de procedimento operacional padrão inserindo ou garantindo esses cuidados assistenciais seriam capazes de otimizar o desfecho dos pacientes, diminuindo o risco de quedas e toda morbimortalidade envolvida no decorrer da vida desse paciente.