TCC

O estudo explora a cidade de Mogi Mirim, localizada no interior de São Paulo, fundada em 1877, que mescla tradição e modernidade em seu desenvolvimento econômico e na preservação de sua arquitetura histórica. Com uma população de cerca de noventa mil habitantes, destaca-se a influência dos jovens de 18 a 22 anos na cultura e linguagem locais. Esses jovens moldam o contexto sociolinguístico, mas a cidade enfrenta desafios, como desigualdade de renda e infraestrutura insuficiente, que impactam as interações sociais e linguísticas. A pesquisa utiliza as teorias de Lev Semionovitch Vygotsky, que valorizam o papel do contexto cultural na aprendizagem, e a Zona de Desenvolvimento Proximal, para entender como os jovens de Mogi Mirim constroem e transformam significados por meio das interações com seus pares. Em Pensamento e linguagem (2001), Vygotsky discorre sobre alguns estudos, dentre eles o fato de que o ambiente social influencia diretamente o aprendizado e a construção do conhecimento. Em A estética da criação verbal(1997), Mikhail Bakhtin desenvolve várias teorias linguísticas, dentre elas, as ideias de dialogismo e polifonia, que complementa essa perspectiva ao afirmar que a linguagem é um fenômeno social influenciado por várias vozes e perspectivas. Em Mogi Mirim, a palavra "mano" emergiu como um símbolo de identidade entre os jovens, refletindo sua conexão com diferentes grupos sociais e culturais locais. A metodologia da pesquisa combina uma pesquisa de campo, conduzida por meio de formulários distribuídos aos jovens da cidade via Google Forms, com uma análise descritiva da evolução e dos múltiplos significados da palavra "mano" ao longo do tempo. Com essa abordagem, o estudo busca entender como esse léxico tornou-se uma expressão de pertencimento e subjetividade. Ainda em fase de desenvolvimento, os dados coletados serão analisados qualitativamente, com foco na compreensão das dinâmicas linguísticas e sociais da cidade.